O avanço da IA e o letramento digital dos operadores jurídicos
- Rogerio Meceni
- 26 de ago.
- 2 min de leitura

Que a inteligência artificial está se propagando rapidamente e está moldando a forma como interagimos no ciberespaço para comprar, trabalhar, estudar, ler e executar diversas tarefas do dia-a-dia é cediço.
Diariamente surgem novas soluções de Inteligência Artificial generativas com novos produtos/serviços que até ficamos meio perdidos em o que usar, como usar e como explorar os benefícios que elas oferecem. Uma coisa é fato: quanto mais acirrada é a competição no mercado de IA pelas big techs e empresas tecnológicas, mais novidades e soluções surgem a cada dia, impondo cada vez mais desafios à sociedade para acompanhar as mudanças e a fazer o uso adequado dessas tecnologias.
Soluções comerciais de IA como Chat-GPT, DeepSeek, Anthropic (Claude), Gemini e Copilot já estão presentes no universo jurídico e ganham cada vez mais usuários, como os operadores do direito. É nesse contexto que a capacidade de usar, compreender, avaliar e criar conteúdos com o apoio de tecnologias digitais se torna relevante. Não se trata apenas de saber mexer em computadores ou smartphones, mas de desenvolver o pensamento crítico e o uso ético das ferramentas digitais.
Ao conjunto de capacidades para interpretar, produzir e interagir no ambiente digital denominamos de Letramento Digital (Digital Literacy). Nele, o pensamento crítico - principalmente no uso da inteligência artificial para criar peças jurídicas, sintetizar leis e pesquisar conteúdos jurídicos - merece atenção, pois sabemos que em alguns casos a IA generativa pode criar respostas desconectadas da realidade e desatualizadas. Como intuito de gerar reflexão sobre esse tema que passa despercebido por muitos de nós, listamos abaixo os dez aspectos mais importantes que se aplicam aos operadores de direito e também a todos os usuários de IA.
10 aspectos importantes do letramento digital para Operadores do Direito:
Consideramos que são 10 (dez) os aspectos mais importantes do letramento digital que os operadores de direito precisam para usar a IA Generativa com mais segurança e assertividade:
Competência técnica → saber usar dispositivos, aplicativos e plataformas.
Pensamento crítico → avaliar a credibilidade e veracidade das informações.
Comunicação digital → interagir de forma clara, ética e respeitosa online.
Segurança digital → proteger dados pessoais, privacidade e identidade.
Criatividade e produção de conteúdo → criar, compartilhar e inovar com ferramentas digitais.
Cidadania digital → compreender direitos, deveres e impactos sociais do uso da tecnologia.
Inteligência Artificial → Compreender os principais fundamentos da tecnologia, os riscos e os aspectos éticos envolvidos na sua utilização, além do compartilhamento e da privacidade dos dados.
Acessar informações com consciência (e evitar desinformação).
Trabalhar e aprender de forma eficiente em ambientes digitais.
Uso ético → Evitar a propagação de "fake news" e procurar sempre validar as informações utilizadas
Conclusão
Alguns especialistas vem considerando a IA como a 4ª revolução industrial, tamanho é o impacto que ela está causando na sociedade. O "Big Data" e a evolução do poder computacional e da ciência nos últimos contribuíram sobremaneira para impulsionar a inteligência artificial.
Considerando o ritmo acelerado da utilização dessa tecnologia e as mudanças que vem ocorrendo nos diversos setores da sociedade, cada vez mais o letramento digital e o "longlife learning" serão um diferencial competitivo.
Espero que tenha gostado desse artigo! Até a próxima!

Rogério Meceni
Especialista em Tecnologia da Informação com mais de 20 anos de experiência
Editor do Metajus




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